Quem está à espera de uma oportunidade para comprar a casa própria deve ficar atento. O cenário do mercado imobiliário, na visão de especialistas, indica que a conjuntura é favorável para transformar o sonho em realidade. O setor deve iniciar 2019 em pleno reaquecimento. A economia, após passar pela recessão mais dura da história do Brasil, começou a entrar nos trilhos. A inflação segue dentro das metas estabelecidas pelo governo, situação que não gera pressões para elevação da taxa básica de juros (Selic). A melhora na economia, no entanto, possibilitará um leve aumento dos preços de imóveis. Por isso, os profissionais do ramo explicam que, para quem tem condições, o melhor momento para se conseguir uma casa ou apartamento com preço mais em conta é agora.
Entidades do setor estão confiantes de que o novo cenário econômico trará maior movimentação para o mercado imobiliário, que já ensaiou uma retomada em agosto, quando o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis novos, calculado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), teve alta de 40% em relação a maio.
Outro motivo para o aumento das vendas de imóveis é a baixa oferta de unidades residenciais prontas para ocupação — no Distrito Federal são, atualmente, apenas 3.330 unidades. É um quadro que também indica perspectiva de alta dos preços. “A gente ficou durante um bom tempo tendo mais ou menos 9 mil imóveis em estoque. Agora são 3.330. Isso facilita a captação de novos financiamentos e demonstra o reaquecimento do setor”, afirma Paulo Muniz, presidente da Ademi-DF.
Paulo Muniz, presidente da Ademi, prevê que o ano que vem deve ser melhor para o setor. “Os imóveis lançados agora estão com velocidade de venda maior do que os imóveis prontos. Para o fim do ano, vamos ter mais uns três lançamentos. Mas é em fevereiro de 2019 que as empresas vão disponibilizar mais produtos para os clientes”, explica. Ele acrescenta que a sinalização de que o país passou a viver um momento econômico mais favorável induz as empresas a colocarem mais produtos no mercado.
Crédito
Segundo o presidente da Ademi, a falta de confiança e a volatilidade que vieram com a recessão econômica tornaram os imóveis um investimento mais seguro e até mais rentável do que as opções do mercado financeiro. Esse é outro fator que contribui para o reaquecimento do setor. “Agora, estamos caminhando para uma economia estabilizada e devemos ter maior oferta. Isso vai gerar mais empregos, pessoas confiantes e melhores opções de financiamento imobiliário”, prevê Muniz. “Porém, o preço dos imóveis pode subir um pouco. Acho que o momento certo para comprar é agora”, acrescenta.
Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (Creci-DF), Hermes Alcântara, a tendência de reaquecimento do setor ganhou um impulso importante com a decisão do governo de antecipar a regra que permite financiar imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão usando recursos do FGTS. Ele ressalva, porém, que o quadro de recuperação só ficará mais claro quando houver melhor definição da política econômica do novo governo. “A gente precisa conhecer as diretrizes que serão traçadas, principalmente, para o mercado imobiliário, como oferta de recursos e facilitação de crédito”, explica.
Fonte: Diário de Pernambuco
(http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2018/11/16/internas_economia,768422/cenario-de-2019-e-favoravel-para-compra-da-casa-propria.shtml)